O lixo das quadras 700 norte

Há anos que as edificações das quadras comerciais 700 Norte são habitadas. Há anos que o comércio e as residências, isto é, pequenos condomínios mistos se instalaram por ali. Os técnicos e os diretores do Serviço de Limpeza Urbana (SLU), responsáveis pela coleta e destinação do lixo no Distrito Federal não têm observado que aquele setor merece um tratamento especial. Na Asa Sul, a quase totalidade das quadras 700 são compostas unicamente por residências. São casas familiares e muitas pousadas. Os moradores destas quadras já resolveram o problema do lixo comprando contêineres. Na Asa Norte é diferente, tem uma rua entre os comércios da W3 em toda a sua extensão e ali está o problema. Como os condomínios mistos são compostos, normalmente, de unidades pequenas e, quase sempre alugadas, existe por lá uma grande rotatividade de ocupação. Com isto, não há condomínios de longa duração. Às vezes um pequeno condomínio e em outras vezes eles nem existem. Portanto, não se organizam para comprar contêineres para armazenar o seu próprio lixo, que a cada dia, passa a ser mais volumoso. Nos fins de semana fica mais fácil detectar este fato, em virtude de não haver coleta no domingo. Os lixos dos apartamentos e das kits juntam-se aos lixos das lojas, dos bares e restaurantes, além das pousadas que ainda resistem por lá. Resultado: caos total. Geralmente todo este lixo está em sacos plásticos de supermercados, facilmente rasgados pelos catadores de latinhas de refrigerantes e cervejas e garrafas pet. Este lixo, invariavelmente, vai para o chão. Os ratos, os pombos e as baratas agradecem.   Então, há de se propor que as prefeituras das quadras 700 Norte se reúnam para discutir exclusivamente este assunto com a Administração de Brasília. Propor, sugerir, cobrar. Não é possível que na capital do país, com quadras tão bem localizadas, onde o metro quadrado é tão caro como os nobres bairros do Rio de Janeiro, tenham que conviver com tamanha desatenção. E os turistas da Copa do Mundo? Será que vão se deparar com lixo jogado na rua como qualquer lugarejo sem trato. E, principalmente, nós moradores, que pagamos os impostos, teremos que conviver com este descaso até quando? Afinal nós estamos em Brasília, capital do Brasil. Uma das sugestões é que o GDF faça uma licitação e compre estes contêineres, como foi feito em Porto Alegre. Deveriam ser pelo menos quatro contêineres para cada quadra. Quatro vezes treze quadras. Fim do problema. E a Coleta Seletiva?

Coleta Seletiva é outra coisa!